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Subir Escadas Associado a Redução do Risco de Doença Cardíaca


Subir mais de cinco lances de escada diariamente está associado a um risco reduzido de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) em cerca de 20%, sugerem novos dados observacionais.


Pessoas subindo escadas.


METODOLOGIA


O estudo de corte prospectivo utilizou dados de 458.860 adultos na coorte do Biobank do Reino Unido, que tinham entre 38 e 73 anos no início (2006-2010).

Informações sobre subir escadas, fatores sociodemográficos e estilo de vida foram coletadas no início e 5 anos depois.


Casos de DCVA - definidos como doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral isquêmico ou complicações agudas - foram identificados por meio de registros hospitalares e registro de óbitos.


As associações entre subir escadas e DCVA foram examinadas como razões de risco (HRs) a partir de um modelo de riscos proporcionais de Cox. As análises foram estratificadas por suscetibilidade à DCVA com base em histórico familiar, risco genético e fatores de risco estabelecidos.


CONCLUSÃO


Um total de 39.043 casos de DCVA, 30.718 de DAC e 10.521 de AVC isquêmico foram registrados durante um acompanhamento médio de 12,5 anos. Em comparação com não subir escadas, subir 6-10 lances de escadas diariamente foi associado a um risco 7% menor de DCVA (HR ajustado multivariado, 0,93; IC95%, 0,90 - 0,96) e subir 16-20 lances diariamente foi associado a um risco 10% menor (HR, 0,90; IC95%, 0,85 - 0,94).


Os benefícios se estabilizaram em 20 lances diários; resultados comparáveis foram obtidos para DAC e AVC isquêmico; o efeito protetor de subir escadas foi atenuado pelo aumento dos níveis de suscetibilidade à doença.


Adultos que pararam de subir escadas diariamente durante o estudo tiveram um risco 32% maior de DCVA (HR, 1,32; IC95%, 1,06 - 1,65) em comparação com colegas que nunca relataram subir escadas.


NA PRÁTICA

"Esses achados destacam as vantagens potenciais de subir escadas como medida preventiva primária para DCVA na população em geral. Rápidas explosões de subida de escadas de alta intensidade são uma maneira eficiente de melhorar a aptidão cardiorrespiratória e o perfil lipídico, especialmente entre aqueles incapazes de atingir as recomendações atuais de atividade física", disse o autor do estudo, Lu Qi, da Universidade Tulane, em Nova Orleans, Louisiana, em um comunicado à imprensa.

FONTES: O estudo foi publicado online em 15 de setembro em Atherosclerosis.



LIMITAÇÕES: O design observacional limita inferências causais. A subida de escadas foi autorrelatada por meio de questionários e o viés de memória é uma possibilidade. Os participantes do Biobank do Reino Unido não representam toda a população do país, com um viés de seleção de voluntários saudáveis previamente relatado.


DIVULGAÇÕES: O estudo foi apoiado por subsídios do Programa Nacional de P&D da China. Os autores não divulgaram relacionamentos financeiros relevantes.



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